Demitido por Lula via telefone, o ex-senador Cristovam Buarque parece sofrer de Síndrome de Estocolmo – estado psicológico em que uma pessoa, submetida a determinada intimidação, passa a nutrir simpatia ou até mesmo amor por seu agressor. O ex-ministro da Educação teve a ousadia de dizer: “Preciso reconhecer: nem Lula, Dilma ou Temer, em 16 anos, interferiram para tolher a Lava Jato, controlar o MP, a Receita, a PF”. Acometido pela Estocolmo, Cristovam voltou a se apaixonar por Lula, aquele que o submeteu a uma vergonha nacional. Por isso, deve ter se esquecido temporariamente do episódio “Bessias” e da tentativa frustrada de Dilma, Lula e cia de nomear Marcelo Navarro como ministro-relator do STJ a fim de libertar Marcelo Odebrecht – todos sabem muito bem por quais razões. Já as razões de Cristovam nem nossa vã filosofia é capaz de imaginar quais sejam.