Cristiano Ronaldo já saiu da Juventus há mais de dois anos, mas sua relação com o clube não está totalmente encerrada: o jornal Gazzetta dello Sport noticiou que o português, hoje no Al-Nassr, cobra do clube italiano 19,9 milhões de euros (cerca de 103 milhões de reais em conversão direta) na Justiça por pagamentos congelados durante a pandemia de covid-19, período em que ele estava na “Velha Senhora”.

O valor é resultado de uma soma de pagamentos mensais que faziam parte do seu salário de 31 milhões de euros (aproximados 161 milhões de reais) por temporada, mas que foram suspensos – em acordo individual com o atleta – por conta da pausa no futebol quando a doença estava em seu pico e pela retomada ainda sem público nos estádios, algo que trouxe sérias dificuldades financeiras aos clubes. Agora, Ronaldo quer receber esse dinheiro congelado.

O craque e seus advogados deram entrada e solicitaram os documentos ao Ministério Público de Turim. O processo agora deve seguir na Justiça italiana. Jogador e clube ainda não se manifestaram oficialmente na imprensa sobre o trâmite.

Não é a primeira vez que a Juventus tem problemas com antigos jogadores em 2023. Em março, Paulo Dybala acionou a agremiação por pagamentos atrasados referentes aos dois últimos anos em que jogou por lá, também na época da pandemia. O argentino, agora na Roma, chegou a um acordo com o clube para receber três milhões de euros (cerca de R$ 15 milhões de reais).

Cristiano Ronaldo chegou à Juventus em 2018 após nove anos vitoriosos no Real Madrid, onde foi multicampeão. Pelo clube de Turim, marcou 101 gols e deu 22 assistências em 134 jogos, além de ter conquistado duas vezes o Campeonato Italiano, duas Supercopas da Itália e uma Copa da Itália, até sair para o Manchester United em 2021.