Aos 37 anos, a Copa do Catar-2022 poderá ser a última de Cristiano Ronaldo, desde que Portugal se classifique na repescagem, que começa nesta quinta-feira no Porto contra a Turquia (16h45, horário de Brasília). Em caso de vitória, os campeões europeus de 2016 disputariam a vaga na terça-feira da próxima semana contra a Itália, atual campeã continental, ou a Macedônia do Norte, também no Porto.

Se conseguir a classificação, CR7 entraria no restrito clube de jogadores que disputaram cinco Copas do Mundo. A do Catar também seria seu décimo torneio internacional consecutivo, todos desde a Eurocopa-2004 (e Portugal disputou todos desde a Euro-2000).

Por outro lado, a eliminação do torneio (que será disputado de 21 de novembro a 18 de dezembro), poderá significar o fim da era de ouro do futebol português, liderada pelo cinco vezes vencedor da Bola de Ouro, com o título europeu em 2016 como ápice.

Não é a primeira vez que Cristiano Ronaldo se encontra nesta situação, pois passou por ela antes da Eurocopa-2012 e do Mundial-2014, e até agora sempre foi bem sucedido.

Em 2011, o então atacante do Real Madrid marcou dois gols contra a Bósnia-Herzegovina e dois anos depois balançou as redes quatro vezes contra a Suécia de Zlatan Ibrahimovic.

– Lampejos de genialidade –

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Presente em todos os grandes torneios desde o início da sua carreira internacional em 2003, Cristiano Ronaldo sempre encontrou uma forma de marcar gols.

Na campanha das eliminatórias europeias que terminou em novembro, o atual atacante do Manchester United marcou seis vezes em sete jogos… mas, não nos dois últimos, um empate fora de casa com a Irlanda (0-0) e a derrota em casa para a Sérvia (2-1) que levou os portugueses à repescagem.

Embora não alcance a marca de 50 gols por temporada desde 2018, Cristiano Ronaldo ainda é capaz de oferecer lampejos de genialidade, como há duas semanas quando fez um hat-trick em um jogo da Premier League, o 59º de sua carreira, estabelecendo um novo recorde mundial 807 gols como profissional.

Sem a força física do passado e muitas vezes escalado como único atacante da sua seleção, Cristiano Ronaldo está cada vez mais dependente dos seus companheiros, quando até há pouco tempo estava habituado a carregar sozinho o peso da seleção.

Após a derrota para a Sérvia, a imprensa portuguesa criticou o técnico Fernando Santos pela sua incapacidade de montar uma equipe que jogue bom futebol apesar de ter um elenco repleto de qualidade.

– Defesa desfigurada –

“Sabemos que temos talento. Se conseguirmos ter um bom espírito de equipe, estaremos em condições de superar essas eliminatórias”, disse o atacante do Liverpool Diogo Jota em entrevista coletiva nesta terça-feira.

Se por um lado Fernando Santos tem muitas opções no setor ofensivo, onde também estão presentes Bruno Fernandes, Bernardo Silva e João Félix, a seleção portuguesa chega à repescagem com uma defesa desfigurada.

O zagueiro do Manchester City, Ruben Dias, o lateral do Wolverhampton, Nelson Semedo, o companheiro de clube Ruben Neves e o meia do Lille, Renato Sanches, perderão a partida devido a lesão, assim como o goleiro do Lyon, Anthony Lopes.

Já o veterano Pepe (de 39 anos) testou positivo para covid-19 na segunda-feira e vai ficar de fora pelo menos contra os turcos. O lateral do Manchester City, João Cancelo, está suspenso para o primeiro jogo.

“Não devemos dar demasiada importância aos que não estão (…) Temos confiança em todos os que foram convocados para substituí-los”, disse Diogo Jota.


Em recente entrevista à AFP, o ex-técnico do Monaco, Leonardo Jardim, também se mostrou confiante: “Temos um grande elenco. Também tenho total confiança no nosso treinador. Fernando Santos é o único que conquistou um título com Portugal e acho que ele vai classificar a seleção”.

bcr/tsc/mcd/dr/aam

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