Um dos irmãos condenados pela morte do casal von Richthofen, Cristian Cravinhos foi preso na madrugada desta quarta-feira, 18, suspeito de agressão a uma mulher e porte de arma de fogo, e ainda por tentar subornar policiais, em Sorocaba, cidade do interior de São Paulo. De acordo com a Polícia Militar, uma equipe foi acionada para atender uma denúncia de briga de casal e, quando abordou o homem, ele se apresentou como “um dos irmãos Cravinhos”. Numa busca, os policiais teriam encontrado uma arma.

Conforme o relato apresentado à Polícia Civil, Cristian teria oferecido R$ 1 mil para ser liberado. Afirmou ainda que seu irmão, Daniel Cravinhos, viria de São Paulo com mais R$ 2 mil para entregar aos policiais. Ainda segundo os policiais, ele teria dito que não queria voltar à prisão.

O homem foi preso em flagrante por corrupção ativa e posse ilegal de arma de fogo e levado a uma cela do 4º Distrito Policial. A mulher que estava com ele foi liberada.

Em audiência de custódia, no Fórum Criminal de Sorocaba, o juiz entendeu que o condenado teve conduta incompatível com as regras do cumprimento de pena em regime aberto. Cristian ficará preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Sorocaba até ser transferido para Tremembé.

De acordo com o advogado Ivan Peterson de Camargo, que acompanhou Cristian na audiência, ele negou a posse da munição. “Ele alegou que veio para Sorocaba se encontrar com uma mulher, mas sua ex-mulher acabou vindo atrás dele e o surpreendeu. Houve uma discussão, mas ele nega que tenha agredido, tanto que ela chamou a polícia, mas não fez queixa”, disse.

Conforme o advogado, o acusado negou também a posse da arma e a tentativa de suborno. “Os policiais recolheram munição e dinheiro que estariam num colete, num bar, que ele nega ser dele.” O advogado disse que foi contratado apenas para a audiência e vai conversar com a família para, eventualmente, continuar no caso. “Se ficar comigo (o caso), vou estudar as medidas para tentar manter o regime aberto.”

Os irmãos Cravinhos foram condenados, junto com Suzane von Richthofen, pelo assassinato dos pais dela, Manfred e Marísia Richthofen, em 2002, em São Paulo. Na época, Daniel era namorado de Suzane.

Cristian foi sentenciado a 38 anos e seis meses em regime fechado, mas deixou a prisão em agosto de 2017, após ser autorizado pela Justiça a cumprir o restante da pena em liberdade.