Muita gente ficou ainda mais receosa sobre o mercado de criptomoedas após a prisão do fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, de 30 anos, nas Bahamas.
A empresa, que tinha Tom Brady, Gisele Bündchen e outras celebridades mundiais em suas propagandas para investidores, está sob investigação.
“Quando acontece algo como aconteceu no caso do Fundador da FTX, isso abala o mercado e a credibilidade de empresas no segmento. As pessoas ficam receosas e acabam optando por sacar suas moedas, o setor de cripto se voltam para uma possível crise e nenhuma exchange fica de fora”, explica o ex-jogador de futebol e expert no setor Victor Lourenço.
Segundo ele, o mesmo aconteceu com a maior exchange do mundo, a Binance.
“A corretora sofreu uma onda de retiradas na segunda-feira em meio a preocupações com seu relatório de prova de reserva, uma espécie de diagrama, que mostra endereços de carteiras com moedas de clientes custodiadas na plataforma”, disse, sobre o impacto.
Mais sobre a FTX
Avaliada em R$ 166 bilhões, a FTX entrou com um súbito pedido de falência em 11 de novembro.
O procurador-geral de Manhattan, nos Estados Unidos, Damian Williams, classificou o caso como “uma das maiores fraudes financeiras da história americana”.
Sam se tornou alvo de oito acusações criminais, incluindo fraude eletrônica, conspiração, fraude de valores mobiliários e lavagem de dinheiro. Por isso, ele pode pegar uma pena total de até 115 anos de prisão.
A FTX quebrou após usar dinheiro dos clientes em operações de crédito e acumular um passivo estimado em R$ 51,9 bilhões com cerca de um milhão de credores, inclusive brasileiros. Após uma reportagem sobre o caso, investidores correram para fazer saques e, assim, derrubaram as cotações da empresa.

Victor Lourenço