BRUXELAS, 20 FEV (ANSA) – O diretor da Agência Europeia de Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex), Fabrice Leggeri, afirmou nesta terça-feira (20) que a crise migratória no Mediterrâneo Central está “sob controle”.   

Segundo Leggeri, o número de desembarques de migrantes forçados em portos da Itália diminuiu “drasticamente” desde o último verão europeu, e a tendência “de queda” continua. “A situação melhorou e está sob controle”, disse o diretor da Frontex, acrescentando, contudo, que a crise ainda não foi “resolvida”.   

As declarações estão em linha com o que pensa o ministro italiano do Interior, Marco Minniti, que dissera a mesma coisa poucas horas antes. “Tentamos governar o fenômeno migratório, que agora está sob controle: pelo oitavo mês consecutivo, os dados dos fluxos estão com sinal negativo”, afirmou.   

De 1º de janeiro até a manhã desta terça-feira, a Itália resgatou 5.217 migrantes forçados no Mediterrâneo Central, queda de 48,19% em relação ao mesmo período de 2017, ano que já havia registrado uma redução de 34% no fluxo migratório na região.   

Desde a posse de Minniti no Ministério do Interior, o país vem adotando uma postura mais “linha dura” em relação à emergência no Mediterrâneo. Além de passar a treinar e equipar a Guarda Costeira da Líbia para resgates no mar, Roma impôs um rígido código de conduta para ONGs que atuam no Mediterrâneo, fazendo algumas delas, como Médicos Sem Fronteiras, suspenderem suas missões de socorro.   

Como resultado, mais migrantes forçados que se arriscam no mar têm sido resgatados pelas autoridades líbias e devolvidos ao país africano, que enfrenta muitas dificuldades para gerir o crescente número de pessoas em seus abrigos – já houve até denúncias de pessoas da África Negra sendo vendidas como escravas perto de Trípoli.   

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“Agora devemos procurar a sustentabilidade na situação da Líbia”, admitiu Leggeri nesta terça. (ANSA)


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