Porta de entrada para o bloco europeu, as Ilhas Canárias espanholas atraem cada vez mais migrantes e refugiados do continente africano. Esse ano, 10 mil pessoas já fizeram essa perigosa travessia de barco. Para muitos, a viagem termina em uma lápide anônima.

Com o aumento de vítimas fatais entre os que tentam fazer a travessia, os cemitérios já estão quase lotados. “O pior são as autópsias de crianças pequenas”, diz o patologista Javier Tapia, que muitas vezes não consegue evitar o choro.

O senegalês Modou sobreviveu à travessia, mas agora está em busca de um amigo, que desapareceu há várias semanas: “Não sabemos se está vivo ou morto”.

Autoridades estão em busca de soluções para a crise. A presidente da UE, Ursula von der Leyen, visitou a Mauritânia com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, e assumiu o compromisso de enviar ajuda financeira para mitigar a saída de migrantes da nação africana.