Ao menos 2.000 emigrantes foram socorridos, nesta quinta-feira, por navios de guerra e de ONGs ao longo da Líbia – anunciou a Guarda Costeira italiana, que coordena as operações de socorro.

“A Guarda Costeira coordena 15 operações de socorro: cerca de 2.000 emigrantes sãos e salvos”, informou a corporação, acrescentando que navios da Marinha italiana e das Operações europeias Frontex e Sophia participaram do resgate.

Na quarta-feira (8), mais de 800 emigrantes haviam sido socorridos, basicamente por embarcações fretadas pelas organizações Médicos sem Fronteiras (MSF), SOS Méditerranée, Moas e SeaWatch.

Segundo números do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) antes das operações de socorro desses últimos dias, mais de 48.000 emigrantes – quase todos originários da África subsaariana – chegaram à Itália desde o início do ano.

Em nota, várias associações engajadas na acolhida de imigrantes na Itália, como a MSF, a Oxfam e a Save the Children, alertaram contra uma “idomenização” do território italiano, em referência ao nome do acampamento improvisado de Idomeni na fronteira greco-macedônia.

Diferentemente dos anos anteriores, o fluxo de imigrantes chegando à Itália está bloqueado na península, as fronteiras estão praticamente fechadas, e os locais de apoio criados ao longo do itinerário seguido, de Roma a Vintimille (na fronteira com a França) também foram fechados.

E, diante de um sistema de primeira acolhida sobrecarregado e muito desigual no país, os acampamentos improvisados se multiplicam.

“Avaliamos em 10.000 o número de refugiados e de demandantes de asilo na Itália que vivem em lugares como estações ferroviárias, prédios desocupados e acampamentos, em condições críticas”, denunciam as associações em um comunicado.

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