Crise em Machu Picchu põe destino turístico em risco

LIMA, 16 SET (ANSA) – A cidade de Machu Picchu, uma joia do turismo peruano e Patrimônio Mundial da Humanidade, vive uma das piores crises de sua história. Desde domingo (14) uma manifestação por tempo indeterminado convocada pelas comunidades locais tem bloqueado o tráfego ferroviário entre Ollantaytambo e a cidadela inca, deixando centenas de turistas sem transporte e com reservas canceladas.   

O conflito decorre de um pedido de autorização para a operação de 18 novos ônibus pela empresa Sumaq Ayllu, após a rescisão de seu contrato com a Consettur, acusada de monopólio de 30 anos e conluio com a empresa ferroviária Peru Rail, segundo a grande mídia do país andino.   

Os prejuízos para hotéis, restaurantes e empresas envolvidas já ultrapassaram 730 mil euros (R$ 4,5 milhões) em apenas dois dias de paralisação, com queda de 40% nas reservas turísticas.   

Para piorar a situação, a campanha New7Wonders alertou que o título de uma das “Novas 7 Maravilhas do Mundo”, concedido em 2007 pela New Open World Corporation, poderá ser revogado se o governo do Peru não garantir uma gestão “sustentável e moderna” do local.   

O risco de perder esse status internacional, que tornou Machu Picchu um ícone global e uma fonte de renda para milhares de famílias, gerou alarme entre o governo e as operadoras de turismo.   

Enquanto isso, a Peru Rail e a Ferrovia Transandina confirmaram a suspensão indefinida de seus serviços até que as estradas sejam liberadas. (ANSA).