A crise climática ameaça o direito à vida, alertou, nesta segunda-feira (30), o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, ao mesmo tempo que uma intensa onda de calor atinge o sul da Europa.
“O aumento das temperaturas, o aumento do nível do mar, as inundações, as secas e os incêndios florestais ameaçam nosso direito à vida, à saúde, a um meio ambiente limpo, saudável e sustentável, e muito mais”, declarou Volker Türk durante um debate sobre mudança climática no Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra.
Para Türk, “a crise climática é uma crise dos direitos humanos” e a onda de calor atual deve levar a medidas de adaptação para que esses direitos não sejam afetados.
Os cientistas afirmam que as ondas de calor recorrentes são um indicador claro do aquecimento global e preveem que esses episódios se tornarão mais frequentes, mais longos e mais intensos.
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU alerta que a frequência e a duração das ondas de calor aumentaram desde 1950 e que essa tendência deve aumentar com o aquecimento global.
O alto comissário da ONU pediu uma transição para longe dos combustíveis fósseis, a principal causa do aquecimento global, um compromisso difícil assumido na conferência climática COP28 em Dubai, em 2023.
Está “claro que nossos modos atuais de produção e consumo não são sustentáveis e que as energias renováveis são a fonte de energia do futuro”, disse Türk.
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