A ministra de Saúde espanhola e o secretário catalão de Saúde defenderam, juntos, a candidatura de Barcelona para abrigar a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), afetada pelo Brexit. Contudo, em meio ao desafio separatista, sobraram mensagens cruzadas dos dois lados.

Como o resto dos países europeus, a Espanha decidiu apresentar midiaticamente, em Bruxelas, a candidatura da capital da Catalunha. Mas a apresentação acontece em plena crise entre Madri e o governo catalão, disposto a declarar a independência da região.

“A EMA é um projeto de unidade. Esse é um projeto que uniu as três administrações, e achamos que é um bom caminho ir além do debate atual na Catalunha”, disse a ministra Dolors Monserrat, em Bruxelas, durante a apresentação.

Minutos antes, o secretário catalão da Saúde, Toni Comín, apontava que “a relação entre governos deve se basear em diálogo, cooperação e boa fé”, numa aparente referência à ofensiva judicial e policial lançada por Madri para evitar a independência.

Mais positivo, o segundo vice-prefeito de Barcelona, Jaume Collboni, destacou o “longo caminho” da candidatura: “Começamos essa viagem juntos, trabalhamos juntos, sofremos juntos e estamos aqui, hoje, juntos”. “Barcelona continua sendo o melhor lugar para a EMA”, acrescentou.

Os países europeus estão disputando para sediar a EMA e a Autoridade Bancária Europeia (EBA), que vão deixar o bairro de negócios de Canary Wharf, em Londres, após os britânicos terem decidido, em referendo, abandonar a União Europeia.

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