O bitcoin caiu nesta segunda-feira, 8, em sessão volátil e oscilando em torno da faixa de US$ 90 mil. Enquanto as expectativas por um corte nos juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) se consolidam, o mercado passa a se preocupar com o futuro direcionamento da política monetária.
Por volta das 17 horas (em Brasília), o bitcoin recuava 1,18%, a US$ 90.131,61 e o ethereum caía 0,34%, a US$ 3.120,01, de acordo com a plataforma Coinbase.
O bitcoin operou com ampla volatilidade – assim como observado na semana anterior. Após cair a US$ 87.719 no fim de semana, segundo a Ripio, o bitcoin chegou a se recuperar e ultrapassar os US$ 92 mil durante a madrugada, mas voltou à faixa de US$ 89.000 durante a tarde de hoje.
Para a B2 Ventures, cada avanço ao nível entre US$ 95 mil e US$ 100 mil é uma oportunidade de venda para aqueles “que querem sair em um ponto de equilíbrio”. Especialistas da empresa valiam que o mercado está “estagnado” e apenas um avanço acima dos US$ 100 mil pode restaurar a confiança dos investidores, abrindo caminho para novos ganhos. Na mesma linha, a Bitfinex avalia que o mercado está dando “indícios de estabilização, mas ainda longe de uma recuperação sólida”.
No cenário macro, a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, em inglês) do Fed começa amanhã e terá decisão divulgada na quarta-feira, 10, cuja ampla expectativa é de redução de 25 pontos-base, conforme monitoramento do CME Group. Contudo, analistas do Jefferies apontam que os próximos cortes nos juros não estão garantidos, dependendo de dados econômicos.
No cenário corporativo, a Strategy anunciou a compra de cerca de US$ 1 bilhão em bitcoins, ou seja, 10.624 tokens, na primeira semana de dezembro. Agora, a empresa possui mais de US$ 60 bilhões em BTCs. Enquanto isso, a Binance obteve licença para operar do centro financeiro internacional de Abu Dhabi (ADGM), nos Emirados Árabes Unidos.
Também no radar, o dirigente do Banco Central Europeu (BCE), Piero Cipollone, afirmou que deve-se evitar a dependência em stablecoins lastreadas em dólar na União Europeia (UE).
*Com informações de Dow Jones Newswires