Criptomoedas: bitcoin opera em alta, observando cenário regulatório favorável nos EUA

O bitcoin operou em alta nesta terça, 22, retomando ímpeto de alta, após chegar a recuar acompanhando realização de lucros. A aprovação de legislações favoráveis aos criptoativos nos Estados Unidos seguem oferecendo um quadro de alta para o setor, que observa ainda um avanço na demanda institucional.

Por volta das 16h00 (de Brasília), o bitcoin avançava 2,45%, a US$ 120.114,04, enquanto o ethereum cedia 0,48%, a US$ 3.721,42, segundo cotações da Binance.

O presidente Donald Trump sancionou a Lei Genius na última sexta-feira, 18, estabelecendo uma estrutura para a regulamentação federal das chamadas stablecoins, cujos preços são atrelados a uma moeda real como o dólar. A lei proíbe stablecoins com rendimento, o que levou os traders a se voltarem para o Ether e ajudou a segunda maior criptomoeda a mais que dobrar nos últimos três meses.

“As expectativas de rendimentos reduzidos de stablecoins estão impulsionando o interesse pelo Ethereum como a principal alternativa para geração de rendimento em finanças descentralizadas”, escreveu a analista do Deutsche Bank Marion Laboure. A atenção agora se volta para a Lei de Clareza, que aborda a questão de se as criptos são commodities ou valores mobiliários, e qual regulador as supervisionaria, que ainda precisa ser aprovada pelo Senado americano. Empresas de capital aberto continuam a expandir suas participações em criptomoedas antes da potencial aprovação da Lei de Clareza.

O Trump Media and Technology Group anunciou na segunda-feira, 21, que acumulou cerca de US$ 2 bilhões em bitcoin e valores mobiliários relacionados. A empresa Dynamix disse no mesmo dia que está se fundindo com outra entidade para criar uma nova empresa conhecida como Ether Machine, com planos de gerenciar mais de US$ 1,5 bilhão em Ether.

Uma maior aceitação institucional das criptos parece estar chegando em breve, já que o JPMorgan Chase está considerando estender empréstimos contra as participações em criptomoedas dos clientes, informou o Financial Times, citando pessoas familiarizadas com o assunto. O JPMorgan se recusou a comentar a notícia. O CEO do banco, Jamie Dimon, tem sido um crítico declarado das criptomoedas e recentemente questionou os planos do governo Trump para uma reserva estratégica dos EUA contendo participações em Bitcoin e Ether.

*Com informações Dow Jones Newswires.