O Programa Captura foi lançado nesta segunda-feira, 8, pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. O recente projeto coordenado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) tem como uma das ferramentas mais importantes o site oficial do governo voltado à identificar, por meio de uma lista, os 198 foragidos mais procurados do País.
Essa ação procura identificar, localizar e prender criminosos considerados de alta pericuosidade, visando o cumprimento de mandados com execução estratégica no processo de combate a organizações criminosas e também prevê a redução da criminalidade violenta em solo brasileiro.
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A lista apresenta os procurados de cada estado em ordem alfabética. A maioria dos criminosos são homens (195) e todos representam algum nível de periculosidade em relação aos crimes cometidos. As únicas mulheres na lista de mais procuradas até agora, são: Marítssa Ingridy da Silva Rodrigues (MT); Deuzirene Cardoso Silva (RR); Yasmin Loranne Oliveira Santos (TO).
Essa lista ainda permite com que os órgãos de segurança de todo o País identifiquem os alvos prioritários de outras Unidades da Federação. Isso facilita operações conjuntas, acelera diligências e potencializa a captura interestadual de foragidos.
Cada um dos estados apontou até oito alvos como prioridade se baseando na chamada “matriz de risco”. Santa Catarina foi o único estado com apenas um nome na lista: Kauê Vinicius Morais. A “matriz de risco” avalia a gravidade e a natureza dos crimes cometidos, vínculos com organizações criminosas, existência de mandados de prisão e atuação interestadual – que é a realização de qualquer atividade, operação ou serviço que envolva mais de um estado dentro de um mesmo país. O projeto também estimula a participação e colaboração dos cidadãos por meio de denúncias anônimas realizadas no 190 e 197.
O Programa Captura também prevê uma ação do Sistema Único de Segurança Pública (Susp), com foco em operações integradas entre as Polícias Civis, Militares e unidades de inteligência estaduais e federais.
Sistema de inteligência contra organizações criminosas
Ainda na segunda-feira, o ministro Lewandowski instituiu o Sistema Nacional de Inteligência para Enfrentamento ao Crime Organizado (Orcrim). A medida cria um repositório estratégico de informações de inteligência voltado ao combate às organizações criminosas.
O acesso será restrito às agências de inteligência da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, das Polícias Civis e Militares dos estados e do Distrito Federal, além de secretarias estaduais de segurança pública e dos sistemas penitenciários e sob responsabilidade da Senasp.