Anaflávia Gonçalves, a namorada, Carina Ramos, e três comparsas foram denunciados pelo Ministério Público de São Paulo pela morte dos pais e do irmão de Anaflávia em janeiro deste ano. Os corpos da família foram encontrados carbonizados dentro de um carro em uma estrada em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. As informações são do jornal O Globo.

Os cinco envolvidos no crime foram acusado por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, roubo e associação criminosa. As vítimas, encontradas mortas, são o comerciante Romuyuki Gonçalves, a mulher Flaviana Gonçalves, e o filho Juan Gonçalves.

Na denúncia, a promotora Thelma Cavarzere aponta que Carina Ramos, namorada de Anaflávia, tinha muito ciúme da namorada e conseguia influenciá-la.

De acordo com a promotora, Anaflávia e Carina foram responsáveis por arquitetar um plano para matar os pais e o irmão, com o objetivo receber o valor do seguro de vida e o dinheiro que a família possuiria na casa.

Segundo a denúncia, um dia antes da morte, Carina realizou pesquisas no Google sobre como resgatar o prêmio de apólice de um Seguro de Vida do Banco Santander.

As mulheres teriam prometido aos seus três comparsas, dois deles primos de Carina, um pagamento que seria feito com o dinheiro que deveria estar dentro de um cofre no quarto do casal. Carina e Anaflávia acreditavam que havia R$ 85 mil no local.

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Ainda de acordo com O Globo, na denúncia, a promotora aponta que no dia do crime os cinco entram na casa e anunciam o assalto. Anaflávia e Carina fingem que estão sendo rendidas também e a namorada de Anaflávia decreta que os outros não devem reagir.

“Romuyuki e Juan têm suas mãos amarradas por cadarços, e são amordaçados com fita adesiva ‘silver tape’, trazidos por Carina. Ambos são também vendados, e levados para o andar de cima, onde sofrem fortes golpes na cabeça, desferidos por instrumento contundente. São deixados no quarto de Juan”, afirmou a promotora na denúncia.

A mãe de Anaflávia, Flaviana chega 20 minutos depois e também é rendida. Ela foi obrigada a abrir o cofre da casa que estava vazio. Sem o valor, os acusados roubam bens da residência, como jóias, televisão e videogames.

Na denúncia, a promotora afirma que depois do roubo, a família é morta e colocada no porta-malas do carro de Romuyuki. O jipe foi encontrado queimado na manhã seguinte por moradores da região. Dois dias depois, Anaflávia e Carina foram presas.

“Carina e Anaflávia mataram as vítimas por motivo torpe, consistente na cobiça de ambas, em ficar com a casa, com os veículos, com o dinheiro que achavam que estava no cofre, e com o dinheiro do Seguro de Vida”, afirmou a promotora na denúncia.


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