Famílias da Europa e dos Estados Unidos, com crianças denominadas como Alexa, estão pedindo para a Amazon mudar o nome de sua famosa assistente virtual para um “não humano”. Segundo os familiares, suas filhas estão sofrendo bullying por terem a mesma designação que ativa o comando do dispositivo inteligente.
De acordo com O GLOBO, as famílias alegam que as crianças lidam diariamente com piadas envolvendo seu nome. Os colegas das meninas as chamam por “Alexa” e emitem um comando repetidamente, a exemplo do que acontece com a assistente virtual da Amazon.
Alguns pais contaram que até mesmo professores fazem brincadeiras com o nome, e isso tem afetado a saúde mental das crianças. “Ela (minha filha) começou a não querer se apresentar por causa das piadas e da reação. Ela era e ainda é uma criança, mas os adultos achavam que não havia problema em fazer piada com ela. É devastador. A escola não ajudou e disse que ela precisava construir resiliência”, relatou uma mãe, em entrevista à BBC britânica.
Em decorrência do bullying, alguns pais resolveram alterar os nomes dos filhos, mas o trâmite varia de acordo com a legislação local. No Brasil, por exemplo, a lei de registros públicos impede a mudança de nome, para garantir a segurança jurídica. A alteração só é aceita em casos excepcionais, como a substituição do prenome por apelidos públicos notórios, mudança em razão da colaboração em algum crime quando houver ameaça decorrente do auxílio à Justiça e também no primeiro ano após alcançar a maioridade civil.
A Amazon se pronunciou sobre o ocorrido e afirmou que está “entristecida” com os relatos e que “acordes alternativos” estão disponíveis.
“Como alternativa a Alexa, também oferecemos várias outras palavras de alerta que os clientes podem escolher, incluindo Echo, Computer e Amazon. Valorizamos o feedback dos clientes e, como em tudo o que fazemos, continuaremos procurando maneiras para oferecer-lhes mais opções nesta área”, dizia o comunicado da empresa.