A jovem Lesly Mucutuy, de 13 anos, uma das quatro crianças resgatadas na selva colombiana, relatou que o cachorro Wilson, cão do Exército Colombiano que estava ajudando no resgate dela e de seus três irmãos, esteve com elas e que chegaram a brincar juntos. No entanto, o cão, que teve papel crucial nas buscas, desapareceu na floresta e continua sendo procurado.

De acordo com a diretora do ICBF (Instituto Colombiano de Bem-estar Familiar), Astrid Cáceres, Lesly compartilhou que ela e seus três irmãos tiveram momentos de diversão com Wilson, mas depois ele se perdeu na selva, conforme relatado ao jornal local Cambio.

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Esse relato confirma que Wilson foi o primeiro a encontrar as crianças. As autoridades colombianas já suspeitavam que o cachorro as tivesse encontrado, pois identificaram pegadas dele e de uma das crianças na mesma região. Isso aumentou a expectativa de que Wilson fosse localizado junto com as crianças, porém isso ainda não ocorreu.

As operações de busca por Wilson estão em andamento e o Exército está com veterinários na área para oferecer cuidados ao cão, caso ele seja encontrado, segundo o jornal Cambio. “Jamais deixamos um companheiro”, afirmou o comando das buscas em suas redes sociais em referência ao cão Wilson.

O animal participou das buscas até a última quarta-feira (7), quando foi solto para um dos pontos da mata e não voltou mais. “A Operação Esperança continua na busca do nosso cachorro Wilson, que na ânsia de encontrar as crianças se afastou das tropas e está perdido”, informou as Forças Militares da Colômbia.

Entenda o caso

Quatro crianças irmãs se perderam na selva por 40 dias após a aeronave em que viajavam com a mãe sofrer um acidente na região amazônica. A mãe, Magdalena Mucutuy Valencia, o piloto, Hernando Murcia, e um líder indígena perderam a vida na queda. Seus corpos foram encontrados na terça-feira, 16 de maio.

A missão de busca e resgate mobilizou mais de 100 militares. Durante a operação, os agentes encontraram uma construção improvisada com galhos na floresta. O Exército relatou que as crianças se alimentaram de frutas e de kits de sobrevivência encontrados na mata. Na sexta-feira, 9, receberam atendimento médico e uma avaliação inicial revelou desidratação e algumas picadas de insetos.