Uma menina, de cinco anos, com sinais de maus-tratos e violência, foi internada em estado grave no Espírito Santo. Inicialmente, a garota foi levada para um pronto-socorro de Linhares, mas, com o gravidade dos ferimentos, precisou ser transferida para o Hospital São José, em Colatina.

De acordo com o G1, a jovem apresentava sinais de abuso sexual, dentes quebrados, lesões semelhantes a mordidas no quadril e no braço esquerdo e olhos roxos.

A menina estava sob os cuidados do pai e da madrasta em Linhares. De acordo com as autoridades, a mãe da criança não mora na cidade, mas estão se locomovendo para Colatina para acompanhar a filha.

O pai e a madrasta foram questionados pela polícia. A mulher contou que a jovem estava inchada e que havia desmaiado após sofrer uma reação alérgica a um medicamento que tomou. O homem, por sua vez, afirmou que estava trabalhando e que não sabia o que havia acontecido. O casal chegou a ser levado para a Delegacia Regional de Linhares, onde prestou depoimento. Porém, por falta de indícios de que foram os responsáveis pelas agressões, eles foram liberados.

Investigação 

Segundo o boletim de ocorrência, os médicos confirmaram as agressões que a menina apresentava aos policiais. O delegado Fabrício Lucindo, chefe da Delegacia Regional de Linhares, confirmou que a garota foi vítima de violência e relatou que o casal sustentou a versão da alergia da criança à medicação. “Há registro com certeza de agressões. Só que o nosso delegado plantonista não encontrou indícios de que sejam o pai e a madrasta os autores dessa agressão. Se encontrarmos ao longo dessa semana esses indícios, vamos pedir a prisão deles com certeza”, disse.

De acordo com Fabrício, a dupla vai ficar à disposição da polícia e não poderá sair de Linhares nos próximos dias. Na última terça-feira (25), um perito de Colatina fez exames detalhados na criança, a fim de comprovar, inclusive, a suspeita de abuso sexual.

A Prefeitura de Linhares disse que o caso será acompanhado por uma equipe multidisciplinar da Secretaria de Assistência Social e pelo Conselho Tutelar.