A Sociedade Dinamarquesa de Criadores Musicais (KODA) anunciou, nesta terça-feira (4), que entrou com um processo contra a plataforma americana de música gerada por IA, Suno, acusando-a de usar o repertório de seus membros sem permissão.
“Há evidências de que a Suno foi treinada com obras protegidas por direitos autorais – incluindo músicas de artistas populares como Aqua, MØ e Christopher – sem autorização, transparência ou pagamento”, explicou a KODA, que representa cerca de 51.000 compositores, letristas e editores musicais.
Segundo a organização, não foi divulgado quais obras foram usadas ou como foram empregadas, nem foi oferecida qualquer forma de compensação. Além disso, as produções da Suno que imitam melodias protegidas por direitos autorais competem diretamente com as originais, acrescentou.
“Estamos entusiasmados com o que a IA responsável pode trazer para a música”, afirmou o CEO da KODA, Gorm Arildsen. “Mas a inovação não pode ser construída sobre bens roubados”, enfatizou.
Globalmente, a indústria musical está envolvida em uma batalha legal com empresas de música gerada por IA, acusadas de se apropriarem massivamente de obras protegidas por direitos autorais sem pagar.
A Koda defende o estabelecimento de um padrão global que garanta o consentimento e a remuneração dos criadores humanos quando suas obras forem usadas para treinamento ou geração de música por meio de inteligência artificial.
Segundo estimativas da organização, o ritmo atual de desenvolvimento da IA poderá reduzir a receita da indústria musical dinamarquesa em 28% até 2030.
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