O criador e produtor executivo da série ‘Dahmer – Um Canibal Americano’, Ryan Murphy, se defendeu recentemente das acusações de que não ouviu os familiares das vítimas do serial killer Jeffrey Dahmer antes de produzir o programa de TV de grande sucesso da Netflix.
Segundo Murphy, houveram tentativas de contato com mais de 20 famílias e amigos das vítimas, porém todos os pedidos foram negados. “No percurso de três, três anos e meio, quando estávamos escrevendo e trabalhando [na série], nós contatamos cerca de 20 familiares e amigos das vítimas. Tentamos uma entrada, uma conversa, e nenhuma única pessoa nos respondeu neste processo”, disse Murphy para a revista Variety. “Então a gente se escorou no nosso incrível grupo de pesquisadores que, eu nem sei nem como, descobriram esses montes de detalhes. Mas trabalhar nisso foi como um dia de cada vez, desenterrando a verdade dessas pessoas.”
A série, inspirada nos assassinatos reais praticados pelo canibal Jeffrey Dahmer entre 1978 e 1991, vem sendo criticada por humanizar e gerar simpatia pelo assassino, o que gerou críticas de que Murphy estaria tentando capitalizar em cima dos crimes, além de trazer a tona traumas antigos das famílias das vítimas.
Alguns familiares, contudo, afirmam que nunca foram procurados por Murphy nem ninguém envolvido com a produção da série. Rita Isbell, cujo irmão Errol Lindsey foi brutalmente assassinado por Dahmer em 1991, escreveu em um comunicado para a Insider que a série a incomodou. “É triste que estejam fazendo dinheiro desta tragédia. Eu nunca fui contatada e sinto que o Netflix deveria ter nos perguntado o que a gente pensava ou sentia em relação a isso. Não me questionaram nada, só fizeram. Mas eu não sou uma viciada em dinheiro enquanto esse show é sobre isso: a Netflix tentando ganhar em cima”, disse.