O futevôlei teve origem nas praias do Rio de Janeiro como forma de burlar uma lei dos anos 60 que impedia a prática de futebol de areia em determinado horário, mas não a de vôlei. Mais de meio século depois, a modalidade é praticada em diversos países e cidades, incluindo aquelas longe dos litorais.

E foi do município paulista de Ribeirão Preto, a mais de 300 km do litoral, que surgiu o jogador Felipe Carbonaro, o “Felipinho”, que se tornou um vitorioso atleta de futevôlei do Brasil e, hoje, é um dos grandes professores da modalidade, levando, inclusive, seus conhecimentos para fora dele.

“Quando comecei, em 2012, só havia uma quadra de areia na cidade, mas não havia professores para ensinar a modalidade. Foi aí que surgiu a oportunidade de eu passar a dar aula. Foi através do ex-goleiro da Seleção Brasileira de futebol, Corinthians e Liverpool, Doni, que me chamou para dar aula no Complexo Esportivo dele”, lembra.

O sucesso do futevôlei ensinado por Felipinho Carbonaro fez com que ele se tornasse um professor de destaque no interior de São Paulo. Seis meses após o início das aulas, sua turma já contava com cerca de 100 alunos. Isso fez com que ele se especializasse ainda mais como técnico e buscasse conquistas como atleta.

“Como jogador eu defendi o Botafogo FC, de Ribeirão Preto, nas competições pelo Brasil; e conquistei títulos em diversas arenas do Brasil, tanto no amador como no profissional. Fui campeão no circuito mineiro profissional ao lado do ‘Lalazinho’, considerado o melhor do mundo da modalidade”, destaca o jogador.

Recentemente, o paulista recebeu uma proposta para, no futuro, repassar todo seu conhecimento na modalidade em empresas reconhecidas dos EUA.

“O futevôlei nos EUA está crescendo muito. Ainda é recente, mas já temos um grande número de pessoas jogando em Orlando, Miami, Boston e Deerfield. Essas são as cidades com mais praticantes ativos e números de arenas, quadras e competições”, conta Carbonaro. “Além de grandes atletas jogando em alto nível, também há mulheres praticando o futevôlei, já participando de torneios, e é muito legal, pois mostra que o futevôlei é um esporte para todos”.

Além de competidores, o paulista de Ribeirão Preto tem como alunos pessoas comuns que buscam no futevôlei uma atividade recreativa ou que auxilie na busca pela melhor forma física.

“Sempre fui reconhecido pela qualidade dos treinos, por fazer atletas ganharem campeonatos e por ser o melhor jogador da cidade, ganhando todos os títulos importantes. Mas também treino pessoas que apenas querem perder peso. Vale salientar que 1 hora de futevôlei pode queimar até 700 calorias. A atividade ainda ajuda na melhora da circulação sanguínea, velocidade de raciocínio, flexibilidade e capacidade física e respiratória”, lista os benefícios.

“Além disso, o futevôlei ajuda no fortalecimento da musculatura, melhora da coordenação motora e do condicionamento físico. Sem falar que você treina ao ar livre e geralmente em um ambiente super descontraído e familiar. É por isso que pessoas que nunca jogaram bola na vida se apaixonam pelo futevôlei”, completa o professor.