Em funcionamento como uma clínica móvel, o Ônibus da Saúde foi idealizado por um estudante de arquitetura da USP em parceira com a Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O objetivo era utilizar o veículo no combate à Covid-19.

O autor da ideia, Andre Zanolla, está no quinto ano da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU). As unidades também podem ser usadas para vacinação, testagem e pequenos atendimentos, que detectam o estado do infectado pelo novo coronavírus.

O projeto da plataforma O-SI só foi possível graças ao financiamento de empresas e instituições. Atuando desde dezembro do último ano, a estimativa é de que o Ônibus da Saúde consiga atender aproximadamente 4 mil pacientes por mês.

Reutilização de coletivos

Além do projeto inovador, os veículos utilizados na estilização são ônibus que eram utilizados no transporte público e saem de circulação. Geralmente, a maioria desses ônibus viram sucatas, o que é mais um ponto positivo para a ideia, pois dá um destino sustentável para os coletivos.

Do ponto de vista estratégico, as unidades ainda podem utilizar centros médicos sobrecarregados no combate à doença e descentralizar o número de atendimentos.

Conforme informado pela USP, os ônibus possuem um sistema de insuflamento de ar com filtragem, o qual diminui a carga microbiológica no ambiente. Além disso, o conjunto anula 98% da carga viral de Sars-Cov-2 (coronavírus) existente no ar em pouco mais de três horas. Outro ponto de destaque é um sistema de recirculação de ar com filtragem que elimina até 99% dos vírus e 99,99% das bactérias.