Coluna: Coluna do Mazzini

Leandro Mazzini é colunista da revista Isto É. Começou a carreira jornalística em 1996. É graduado em Comunicação Social pela FACHA, do Rio de Janeiro, e pós-graduado em Ciência Política pela UnB. A partir de 2000, passou por ‘Jornal do Brasil’, ‘Agência Rio de Notícias’, ‘Correio do Brasil’, ‘Gazeta Mercantil’ e outros veículos. Assinou o Informe JB de 2007 a 2011, e também foi colunista da Gazeta. Entre 2009 e 2014 apresentou os programas ‘Frente a Frente’ e ‘Tribuna Independente’ (ao vivo) na REDEVIDA de Televisão, em rede, foi comentarista político do telejornal da Vida, na mesma emissora e foi comentarista da Rede Mais/Record TV em MG. Em 2011, lançou a ‘Coluna Esplanada’, reproduzida hoje em mais de 50 jornais de todas as capitais. Foi colunista dos portais ‘UOL’ e ‘iG’. Apresenta o programa de entrevistas "Líderes em Destaque" na Band Rio. Assina a coluna com equipe em Brasília, e correspondentes no Rio, Salvador e São Paulo.

Cresce tensão na Eletrobras

Cresce tensão na Eletrobras

A proposta da Eletrobras de reduzir em 12,5% o salário dos servidores que ganham até R$ 15,5 mil irritou o Governo federal, sócio não controlador mais, e aumentou o clima de insatisfação na empresa, privatizada no final do Governo de Jair Bolsonaro. Os 10 diretores que sugeriram o corte de salários, com o pretexto de reduzir despesas, ganharam o equivalente a R$ 663 mil por mês ao longo do ano passado. Para o Governo, a contradição entre as polpudas remunerações dos diretores e o arrocho no salário de 8 mil servidores é uma afronta à boa administração de uma empresa do tamanho da Eletrobras. A União detém 43% da empresa. Mas, com as regras criadas na privatização, só vota como se fosse dona de 10% das ações. Em ação no Supremo Tribunal Federal, o Governo pede para recuperar o poder de voto proporcional ao controle acionário, alterado na privatização. No início do Governo Lula III, emissários dos novos sócios foram ao Palácio numa tentativa de propor uma trégua a ministros. Sem sucesso.

O paradoxo das contas na ex-estatal irrita a União, ainda sócia – agora minoritária: diretores que propõem cortes de vagas têm altos salários

Gasolina russa nos postos daqui?

Operadores do mercado internacional de petróleo sinalizaram que a empresa de logística brasileira Raízen alugou grande quantidade de tanques numa Ilha do Caribe chamada Statia. Ainda segundo esses operadores, a locação só se justifica para que a Raízen compre produtos de origem russa e transformá-los em gasolina, que poderá ser destinada ao mercado do Brasil e sua rede de postos de combustíveis. Assim, seria possível comprar produtos de baixa qualidade e vender como gasolina, como fugir da origem russa dos insumos, e evitando maiores desgastes com autoridades internacionais. A Raizen não se pronunciou até o fechamento desta edição.

A vergonha do DF

Cresce tensão na Eletrobras
Pixabay

O Distrito Federal registrou inacreditáveis 193 feminicídios entre 2015 e fevereiro de 2024. Ano passado foram 34 casos (um recorde), e já nos primeiros três meses deste ano houve cinco registros. Dado triste das ocorrências: 80% das vítimas eram mães. O número de órfãos do feminicídio no DF hoje soma 376, dos quais 244 são menores de idade.

Pacheco perde uma diretoria na Caixa

Brasília (DF) 02-04-2024 Presidente do Congresso Nacional, Senador Rodrigo Pacheco durante coletiva a imprensa. Foto Lula Marques/ Agência Brasil
Lula Marques/ Agência Brasil

A Vice-presidência de Governo da Caixa Econômica Federal ficou vaga com o falecimento do titular Marcelo Bonfim na última semana. Bonfim, que era da cota pessoal do presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fez carreira no banco em Minas, e também foi presidente do BDMG. Desafeto de Pacheco, Arthur Lira, presidente da Câmara, está de olho na vaga – o deputado abocanhou parte das diretorias para apadrinhados há três meses. Lira quer fortalecer a candidatura de Elmar Nascimento (União-BA) à sua sucessão. Mas os palacianos Alexandre Padilha e Rui Costa querem indicar nome do PT da Bahia.

Avanço tecnológico da cidadania

Os irmãos Rodrigo e Ricardo Gianesini, criadores do aplicativo Cidadania4U

Os irmãos Rodrigo e Ricardo Gianesini, criadores do aplicativo Cidadania4U

Mais e mais brasileiros buscam a dupla cidadania – principalmente a italiana. De olho na extensa burocracia, os irmãos brasilienses Rodrigo e Ricardo Gianesini, egressos do setor de TI, criaram aplicativo para atender 100% das etapas digitalmente. Deu super certo. A Cidadania4U, aberta em 2019 numa sala, hoje ocupa 2 mil metros quadrados num shopping, tem 500 colaboradores, abriu escritórios em Montevidéu e Roma, e oferece o passe para Itália, Espanha, Portugal. A alemã é a próxima. Já atenderam mais de 30 mil pessoas – com 100% de aprovados. Vão faturar R$ 150 milhões este ano.

Metrô não vai atropelar História

A despeito de achados arqueológicos quilombolas no sítio Saracura-Vai-Vai, as obras da Estação 14 Bis do metrô paulistano “seguem os trabalhos conforme o cronograma”, avisa o Governo. O Iphan acompanha escavações e coleta objetos para catalogação e futura inclusão no acervo cultural.

PSB esqueceu o tempo

O advogado Fernando Tibúrcio ajudou a selar paz entre o presidente do PSDB, Marconi Perillo, e o senador Jorge Kajuru, brigados há 20 anos. Há dias, Kajuru comentou que a ideia de chapa pura do PSB na disputa em São Paulo, com Tabata Amaral e Datena, não leva tempo de TV ao partido. Geraldo Alckmin e Carlos Siqueira foram alertados.

Deixa com a gente…

A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Leonor Noia Maciel, está na mira de “aliados” e adversários dentro do ministério. Ela agoniza no cargo e há quem cobre sua cabeça no Palácio. Enquanto mira cargo na OPAS, quem atende parlamentares são assessores e o chefe de gabinete Weslley da Silva, sem poder de mando.

NOS BASTIDORES

Novelão da vida real

Ministros do STJ estão em polvorosa com oitivas e avanço da investigação de crime passional envolvendo duas autoridades. Uma bateu, outra apanhou bem. A PF vai às portas.

Mirando o Senado

Amigos citam que Bolsonaro já está com ciúme da desenvoltura da esposa Michelle nos palanques dos atos do PL Mulher. Ele não confia nela como política. Acha que vai ser abandonado se ela se eleger.

Volta do que não foi

Foi ensaio a revisita de José Dirceu ao Congresso dias atrás, no lançamento de um livro. Em 2026, já livre de condenações, ele planeja se candidatar a deputado federal pelo Distrito Federal, onde passou a morar com esposa e a filha menor.

Coleção de mestre

Amigos de longa data, Ziraldo, fã de coletes, e Cony, que usava suspensórios, fizeram acordo anos atrás. Quem morresse primeiro, ficava com a coleção do amigo. Quem ficará agora com os vestuários?