O mercado financeiro ampliou a probabilidade de o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) cortar juros em 50 pontos-base (pb) na próxima reunião, em setembro, embora o cenário mais provável siga o de um ajuste de 25 pontos-base. A oscilação aparece na plataforma de monitoramento do CME Group, em meio à divulgação de indicadores de atividade fracos nos EUA.

Pouco antes do fechamento deste texto, a ferramenta apontava 17,5% de chance de a taxa básica cair meio ponto porcentual no mês que vem, comparado com 11,8% ontem. Na contramão, a possibilidade de uma redução de 0,25 ponto porcentual recuou de 88,1% para 82,5% nesse período.

Para o final do ano, houve um particular aumento na hipótese de uma baixa acumulada de 100 pontos-base, de 7,9% na véspera para 18,6% agora. No entanto, o quadro mais provável ainda é o de um corte de 75 pontos-base, em 64,3%.

As mudanças na precificação acontecem na esteira de uma bateria de dados sobre a maior economia do planeta.

Duas leituras de índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial dos Estados Unidos apresentaram queda em julho, enquanto os investimentos em construção tiveram inesperada baixa em junho.

Ontem, o presidente do Fed, Jerome Powell, deixou a porta aberta para um possível iminente afrouxamento monetário, ainda que não tenham se comprometido.