O apoio à proibição à venda fuzis de assalto e ao controle de antecedentes na compra de armas aumentou entre os eleitores americanos, depois dos tiroteios das últimas semanas, segundo uma pesquisa da Universidade de Quinnipiac, publicada nesta quarta-feira (15).
Dos 1.577 entrevistados, 95% disseram respaldar a revisão dos antecedentes de todos os compradores. Apenas 4% se opuseram.
Trata-se do nível mais alto já registrado pela Quinnipiac desde que fez essa pergunta pela primeira vez, em fevereiro de 2013, após o massacre na escola Sandy Hook, em Connecticut, no qual morreram 10 crianças e seis adultos.
Entre os consultados, 65% sinalizaram que apoiam a proibição da venda de fuzis de assalto em esfera nacional, enquanto 31% são contrários. Também é o nível mais alto desde março de 2013.
Por outro lado, 91% defendem a proibição da venda de armas de cidadãos condenados por crimes violentos.
Mesmo assim, 60% apoiam leis mais rigorosas sobre o armamento (em novembro de 2015 eram 52%), contra 30% que se opõem (eram 45% há dois anos).
Dos consultados, 34% consideram que legislação mais dura ajudará a prevenir matanças, mas 62% indicam que os autores de ataques vão encontrar formas de burlar as normas e cometer crimes.
“A cada massacre, há mais apoio dos eleitores para endurecer as medidas sobre o controle de armas”, garantiu Tim Malloy, diretor-assistente do Departamento de Pesquisas da Universidade de Quinnipiac.
“Mas o cinismo prevalece”, alertou. “Lei mais duras não farão nada em um país onde há mais armas que pessoas”.
A consulta, realizada em 15 de novembro e com margem de erro de 3%, foi feita depois de uma série de tiroteios que voltou a abrir o debate sobre o controle de armas nos Estados Unidos.
Em 1 de outubro, um homem matou 58 pessoas em um show de música country em Las Vegas.
Outras 26 morreram em 5 de novembro, quando um ex-membro das forças aéreas americanas atacou uma igreja no Texas.
Quatro pessoas foram mortas nesta terça-feira na Califórnia, em um tiroteio no qual o atirador disparou aleatoriamente.
Os democratas apresentaram no Senado, neste mês, uma atualização da proibição para a venda fuzis de assalto, mas não conseguiram apoio dos republicanos, que têm a maioria.