Cresce a taxa de propriedade de casas nos EUA, mas brecha racial se amplia

Cresce a taxa de propriedade de casas nos EUA, mas brecha racial se amplia

A taxa de propriedade de casas saltou nos Estados Unidos em um ritmo histórico em 2020, mas a diferença racial se ampliou e as famílias afro-americanas ficaram de fora do mercado, de acordo com um relatório publicado nesta quarta-feira (23).

As baixas taxas de juros ajudaram a impulsionar um aumento de 1,3% na propriedade de imóveis em 2020, o maior crescimento desde que o serviço de censo do país começou a registrar o índice em 1960, segundo o documento da Associação Nacional de Agentes Imobiliários (NAR).

No entanto, ficou evidente a persistência de uma brecha racial nos Estados Unidos, que aumentou à medida que os preços das casas disparam, aponta o relatório.

As pessoas negras que possuíam casas chegavam a 43,4% em 2020, abaixo dos 44,2% em 2010, embora o número tenha tido uma recuperação de 1,4% em 2020, em relação a 2019.

Esse aumento é menor que o das famílias brancas, asiáticas e hispânicas.

Nesse sentido, 72,1% dos brancos eram proprietários de imóveis em 2020, em comparação com 61,7% das famílias asiáticas e 51,1% dos hispânicos.

“Este é o único grupo étnico-racial cuja taxa de propriedade de casas é menor do que há 10 anos”, diz o relatório. “Como resultado, a diferença de propriedade entre famílias brancas e negras foi ainda maior em 2020”, enfatiza.

O relatório da NAR observa que as famílias negras têm uma taxa mais alta de rejeição de hipotecas e sua “baixa renda parece ser a principal razão”.