O Credit Suisse impediu seus operadores de negociarem alguns títulos do governo venezuelano e exigiu que outras transações ligadas à Venezuela passem por uma revisão especial para risco de reputação, disse um porta-voz do banco nesta quinta-feira.
De acordo com um memorando, o banco suíço ordenou que seus operadores não negociem dois títulos: um bônus da dívida de 2014 pela petrolífera estatal venezuelana PDVSA e títulos do governo venezuelano para 2036.
O Credit Suisse também recomendou que seus funcionários não realizem negociações emitidas após junho de 2017 pelo governo de Nicolás Maduro.
O banco também está proibindo transações com contrapartes controladas pelo governo ou entidades privadas venezuelanas, a menos que seja explicitamente aprovado pelo escritório de risco de reputação do banco.
Os movimentos ocorrem um dia depois de os Estados Unidos ter anunciado sanções econômicas a oito políticos venezuelanos ligados à polêmica Assembleia Constituinte impulsionada por Maduro, incluindo um irmão do ex-presidente Hugo Chávez.
Washington alega que a nova Assembleia Constituinte foi criada “através de um processo antidemocrático, instigado pelo governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, para subverter a vontade do povo venezuelano”.