O Credit Suisse anunciou nesta terça-feira, 7, que terá dois presidentes (CEOs) interinos para substituir José Olympio Pereira, que está deixando o comando do banco suíço de investimentos no Brasil neste final de ano. Os escolhidos para serem CEOs foram Ivan Monteiro, atualmente no cargo de vice-chairman do banco de investimento no País, e Marcello Chilov, chefe da área internacional de gestão de fortunas no Brasil.

Os dois executivos vão assumir o posto em janeiro de 2022 e vão permanecer no cargo até que um novo presidente seja escolhido pelo Credit Suisse, banco que está há mais de 60 anos no Brasil.

“Estamos confiantes de que Ivan e Marcello são as melhores escolhas para liderar o banco durante este período de transição”, afirmou o presidente global do Credit Suisse, Thomas Gottstein, em comunicado. “Ambos têm comandado suas respectivas divisões com muito sucesso e competência, alinhados com nossa estratégia de crescimento sustentável no Brasil.”

Ivan Monteiro teve passagem por mais de sete anos no Banco do Brasil, foi presidente da Petrobras, teve passagem como consultor de riscos do Nubank e foi presidente do conselho do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil).

Monteiro está no Credit Suisse desde meados de 2020. No comunicado desta terça-feira, afirma que, ao lado de José Olympio, reforçou o banco de investimento e “deixou a divisão pronta para seguir crescendo”.

O outro presidente interino, Marcello Chilov, é engenheiro pela Universidade de São Paulo (USP). Ele cuida da área de gestão de fortunas e atende clientes brasileiros registrados no Brasil, nas Bahamas e na Suíça. Recentemente, Chilov liderou o processo da compra de participação minoritária do banco digital Modalmais pelo Credit Suisse. O executivo está no banco suíço há 12 anos.

Superando projeções

A troca de CEO da operação brasileira acontece pouco depois de o banco ter reportado lucro líquido de 434 milhões de francos suíços no terceiro trimestre de 2021, resultado 20,5% menor do que o ganho no mesmo período no ano passado.

Ainda assim, o resultado superou a projeção de analistas consultados pelo próprio banco suíço, que era de 308 milhões de francos suíços.