Os presos que encontram-se no regime semiaberto, e detidos nas unidades do Vale do Paraíba e Litoral Norte paulista, deixaram os presídios na manhã desta terça-feira, 11, para a segunda saída temporária deste ano. Dentre eles estão Cristian Cravinhos, Gil Rugai e Lindemberg Alves.
A ISTOÉ entrou em contato com a SAP-SP (Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo) para saber, ao total, quantos detentos foram beneficiados com a saída temporária, mas não obteve resposta até o momento. Segundo o “g1”, eles devem retornar aos presídios até as 18h do dia 17 de junho.
No mês de maio, o Congresso Nacional derrubou os vetos presidenciais sobre a proposta que acaba com a saída temporária de presos em datas comemorativas, porém o TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo) decidiu manter a segunda saída deste ano. Ainda não há definição se o benefício deve ser mantido no segundo semestre.
Entre as unidades prisionais da região, apenas o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Taubaté não possui detentos aptos ao benefício. Por outro lado, o CPP (Centro de Progressão Penitenciária) Dr. Edgard Magalhães Noronha, conhecido como Pemano, em Tremembé, tem o maior número de beneficiados.
As saídas temporárias em São Paulo foram marcadas, a princípio, para as seguintes datas: 1ª saída (de 12/3 a18/3); 2ª saída (de 11/6 a 17/6); 3ª (de 17/9 a 23/9) e a 4ª saída (de 23/12/2024 a 3/1/2025).
O benefício é usado para a ressocialização dos detentos e manutenção do vínculo com a sociedade.
Presos da P2
A Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, conhecida como P2 de Tremembé, concentra os detentos envolvidos em casos de grande repercussão.
Lindemberg Alves foi condenado a 39 anos de prisão após manter em cárcere privado e matar a ex-namorada Eloá Pimentel. Ele invadiu o apartamento onde a jovem morava e a manteve refém junto a amiga Nayara Rodrigues. Após mais de 100 horas de negociação, a polícia invadiu o local.
Gil Rugai teve a sentença de 33 anos de prisão decretada em 2013, pela morte do pai e da madrasta no dia 28 de março de 2004. O casal foi encontrado morto na sede da agência de publicidade que funcionava na casa onde morava, em Perdizes, zona oeste de São Paulo.
Cristian Cravinhos ficou conhecido pela participação no assassinato do casal Richthofen, em outubro de 2002. Ele foi condenado a 38 anos de prisão pelo crime, junto a Suzane von Richthofen e o irmão dele Daniel Cravinhos, mas os dois já deixaram a cadeia.