Mais uma vez entre os três melhores jogadores do mundo, Cristiano Ronaldo revelou que sua prefere assistir ao boxe ou UFC em vez de futebol.

O relato de CR7 ocorreu em uma conversa com o boxeador Gennady Glovkin. A dupla participou de um documentário em dezembro do último ano, produção que foi exibida nesta terça-feira (15).

Além da sua preferência pela luta, Ronaldo disse que praticou boxe enquanto estava no Manchester United.

“Quando eu estava no Manchester United, um treinador estava treinando boxe comigo. Acho que praticar boxe pode ser bom para um jogador de futebol, pois aguça os seus sentidos e você aprende a se mover”, revelou.

“Jogar futebol é minha paixão, mas assisto a outros esportes na TV. Entre uma partida de futebol ou uma luta de boxe ou UFC, escolho a segunda opção. Mas não acho que poderia ter sido um boxeador, é difícil”, contou CR7 à “DAZN”.

O camisa 7 da Juventus ainda falou dos desafios da carreira de jogador e de lutador nas suas respectivas idades, Cristiano, de 35 anos, e Golovkin,38.

“Acho que nasci para ser futebolista profissional, pensei que tinha esse dom desde o início e disse a mim mesmo que iria aproveitar esta oportunidade com as minhas próprias mãos. O boxe é mais difícil porque, quando você compete, está sozinho. Você treina na academia, tem a sua equipe, mas ela não vai para o ringue com você. No nosso caso é diferente porque treinamos juntos, rimos, é um tipo de sacrifício diferente”, disse.

“Aos 33 anos, você começa a pensar que está numa descendente, mas quero continuar jogando futebol. As pessoas podem pensar: “Cristiano foi um jogador incrível, mas agora é lento”. Eu não quero que isso aconteça. Você pode cuidar do seu corpo, mas esse não é o problema. Depende da sua cabeça, da sua motivação e da sua experiência. Federer, por exemplo, tem 39 anos e ainda está no topo”, explicou.

CR7 também relembrou da infância difícil e dos problemas para deixar a Ilha da Madeira aos 11 anos para ir morar em Lisboa.

“Golovkin, nós crescemos em ambientes e culturas diferentes. Foi difícil porque viemos de famílias humildes, não éramos ricos, então você teve que lutar pela sua vida. As circunstâncias em que você cresceu endurecem sua personalidade e seu caráter”, lembrou.

“Eu nasci na Ilha da Madeira e com 11 anos de idade o Sporting foi falar com meus pais. Disseram que estavam interessados, mas eu deveria me mudar para Lisboa. Quando conversei com eles, minha mãe disse: “Filho, se for isso e você quiser, vá”. Chorei todos os dias porque sentia falta deles. Este foi o meu momento mais difícil, como a perda de meu pai. Eu acho que é bom ter emoções, elas não escondem quem nós somos. Quem disse que os homens não choram? Todos nós temos sentimentos e devemos expressá-los”, completou.