Em jogo eletrizante e à altura das expectativas, Espanha e Portugal empataram em 3 a 3, nesta sexta-feira, na estreia entre os vizinhos ibéricos pelo Grupo B da Copa do Mundo da Rússia, em jogo marcado pelo talento de Cristiano Ronaldo, autor de 3 gols.

A partida disputada em Sochi, apontada por muitos como a mais esperada da fase de grupos do mundial russo, foi um espetáculo que valeu o ingresso dos 45.000 felizardos que estiveram no estádio Fisht.

Repleta de jogadores talentosos e apimentada pela rivalidade histórica entre os vizinhos ibéricos, a partida ganhou ainda mais emoção com a repentina e surpreendente demissão de Julen Lopetegui do cargo de técnico da Espanha, a 48 horas do pontapé inicial.

– CR7 mostra o caminho –

Mas quem acabou roubando a cena, como geralmente acontece, foi Cristiano Ronaldo.

O astro do Real Madrid, assim como havia feito na Eurocopa-2016, vencida por Portugal, assumiu a responsabilidade e mostrou o caminho para os companheiros, deixando sua marca já nos primeiros minutos da partida.

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Aos 4 minutos, Cristiano Ronaldo recebeu na entrada da área espanhola, pedalou para cima do marcador e foi derrubado. O árbitro não hesitou em marcar pênalti, que o próprio CR7 cobrou com perfeição para abrir o placar em Sochi.

O gol sofrido fez a Espanha, comandada pelo novo técnico Fernando Hierro, acordar na partida. Aproveitando a nova postura de Portugal, satisfeito em deixar o adversário se abrir na defesa em busca do empate, Isco e Iniesta começaram a encontrar espaços e criar lances de perigo.

Aos 21 minutos, Iniesta faz ótima jogada pela esquerda e encontrou David Silva dentro da área, mas o meia do Manchester City demorou para finalizar, deixando a zaga lusa se recuperar na jogada para travar na hora do chute.

Mas, na chance seguinte, a Espanha não desperdiçou. Logo após um promissor ataque português que terminou nas mãos de De Gea, foi a vez da Espanha armar seu próprio contragolpe. E foi mortal.

Aos 24, Diego Costa recebeu lançamento da zaga, ganhou de Pepe no corpo, sambou na frente dos marcadores na entrada da área e acertou um lindo chute colocado rasteiro, sem chances para Rui Patrício.

Além de acordar a numerosa torcida espanhola presente em Sochi, o gol animou de vez a Fúria, que colecionou chances de gol na retomada da partida.

Nas melhores oportunidades, Isco acertou o travessão português (26) e Iniesta mandou para fora um chute rasteiro da marca do pênalti (34).

Quando tudo indicada que a Espanha se aproximava da virada, Cristiano Ronaldo apareceu para mostrar quem é o melhor jogador do mundo.

No último lance do primeiro tempo, Guedes recebeu lançamento, fez o pivô e tocou para Cristiano, que não perdeu tempo e soltou a bomba com pé esquerdo da entrada da área. CR7 contou com a falha de De Gea, que não conseguiu segurar o chute, para recolocar Portugal à frente no placar.

– Diego Costa faz, Cristiano responde –

Como era de se esperar, a Espanha voltou do intervalo com a mesma intensidade. E desta vez não demorou para ser recompensada, virando a partida num piscar de olhos.


Aos 10 minutos, após falta alçada na área lusa, Busquets subiu mais alto que a marcação na segunda trave para cabecear para o meio e Diego Costa, com o oportunismo que lhe é característico, só teve o trabalho de empurrar a bola para as redes dentro da pequena área.

No ataque seguinte, após um cruzamento afastado pela zaga portuguesa, o lateral Nacho, sozinho na entrada da área, arriscou um sem-pulo de três dedos que caprichosamente foi bater nas duas traves de Rui Patrício antes de entrar no gol. Uma pintura.

O terceiro gol espanhol pareceu uma ducha de água fria no time português, que sentiu o golpe e viu os rivais dominarem completamente a posse de bola e as ações do jogo.

Mas quem tem Cristiano nunca pode desistir.

Não satisfeito com os dois gols, o megalomaníaco artilheiro não aceitou que Portugal saísse de campo derrotado e, em praticamente a única chance de gol lusa no segundo tempo, empatou a partida.

Em falta que ele mesmo sofreu, CR7 pediu a bola, ajeitou com carinho e colocou a bola no ângulo de De Gea, que nada pôde fazer.

am/fa


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