O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) condenou nesta segunda-feira (11) um ataque israelense que matou cinco funcionários da rede Al Jazeera (Catar) durante a noite em Gaza e enfatizou que jornalistas nunca devem ser alvo em uma guerra.
“Jornalistas são civis. Nunca devem ser alvos de guerra. Fazer isso é crime de guerra”, disse à AFP a diretora-executiva do CPJ Jodie Ginsberg.
Em julho, o CPJ pediu proteção para Anas al-Sharif, um dos jornalistas assassinados, após um porta-voz militar israelense o chamar de militante, e acusou Israel de seguir um “padrão” para classificar jornalistas como ativistas do movimento islamista Hamas “sem apresentar evidências confiáveis”.
Vários funcionários da Al Jazeera em Gaza enfrentaram acusações semelhantes do Exército israelense durante a guerra.
Segundo jornalistas locais que o conheciam, Sharif havia trabalhado no início de sua carreira para um escritório de comunicação do Hamas, onde sua função era promover eventos organizados pelo movimento que exerce controle total sobre Gaza desde 2006.
“A lei internacional é clara: combatentes ativos são os únicos alvos justificados em um cenário de guerra”, disse Ginsberg. “Então, a menos que as IDF (sigla em inglês para Forças de Defesa de Israel) possam comprovar que Anas al-Sharif continuava sendo um combatente ativo, não há justificativa para sua morte”.
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