A CPI da Covid no Senado ouve nesta terça-feira (28) a advogada Bruna Mendes Morato, que ajudou médicos da Prevent Senior a elaborar um dossiê com denúncias envolvendo a operadora de saúde. As informações são do G1.

A documentação compilada pela advogada foi entregue à comissão e aponta irregularidades cometidas pelo plano de saúde durante a pandemia de Covid-19, como a ocultação de óbitos pela doença e a prescrição do chamado “kit covid”, com remédios sem eficácia contra a doença, como a hidroxicloroquina e a azitromicina.

As denúncias serão apuradas pelo Ministério Público de São Paulo, que criou uma força-tarefa para cuidar do caso. Os documentos obtidos pela CPI devem ser enviados ao órgão para ajudar nas investigações.

Senadores da comissão querem apurar se os pacientes da Prevent Senior foram usados como “cobaias humanas” em um estudo realizado pelo plano de saúde sem a autorização da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).

Durante a pesquisa realizada pela Prevent, ao menos nove pessoas morreram ao se tratar com os medicamentos, mas apenas duas tiveram óbitos documentados, de acordo com os médicos do plano de saúde.

Enquanto realizava o estudo, o diretor da Prevent, Fernando Oikawa, orientou médicos para que não avisassem pacientes e familiares sobre o uso das medicações.

“Iremos iniciar o protocolo de HIDROXICLOROQUINA + AZITROMICINA. Por favor, NÃO INFORMAR O PACIENTE ou FAMILIAR, (sic) sobre a medicação e nem sobre o programa”, dizia a mensagem.