A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Pancadões da Câmara Municipal de São Paulo, que tem como relator o vereador Lucas Pavanato (PL), aprovou nesta quinta-feira, 12, um requerimento que convoca a MC Pipokinha a prestar depoimento.
A comissão foi instaurada em maio deste ano para apurar possíveis omissões de órgãos públicos na fiscalização da perturbação do sossego gerada por bailes funks na cidade. A proposta, de autoria do vereador Rubinho Nunes (União Brasil), foi aprovada em plenário no dia 15 de abril.
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Nas redes sociais, Lucas Pavanato afirmou que MC Pipokinha foi chamada para prestar depoimento por ter virado símbolo do que ele chamou de “cultura podre”.
O vereador pontuou como justificativa que a cantora promove “pornografia disfarçada de arte, apologia à droga e ao crime, desrespeito às famílias” e tem influência sobre jovens.
Pavanato apontou que a CPI é um espaço para “cobrar responsabilidade” da artista. Além de MC Pipokinha, a comissão também aprovou a convocação da cantora MC Dricka para prestar depoimento.
CPI dos Pancadões
Segundo Rubinho Nunes, a CPI foi apresentada por conta do grande número de reclamações de perturbação de sossego recebidas em seu gabinete. O vereador justificou que essas reclamações estão atreladas a festas promovidas pelo tráfico de drogas e crime organizado: “um verdadeiro inferno se estabelece naqueles locais”.
Além de Nunes, a reunião de instalação da CPI contou com a presença do vice-presidente da comissão, vereador Kenji Ito (Podemos), e os vereadores Lucas Pavanato, Luna Zarattini (PT), Marcelo Messias (MDB) e Sargento Nantes (PP).
A vereadora Luna Zarattini, líder do PT na Câmara, representou o partido na reunião de instalação e levantou preocupações em relação ao foco das investigações. Ela acredita que a CPI precisa buscar soluções dentro das políticas do poder público, e teme que o processo acabe em perseguição dos moradores das periferias de São Paulo.
Kneji Ito afirmou durante a reunião que a comissão não é contra o entretenimento da comunidade ou do trabalhador que quer se divertir, mas sim contra a forma como as festas são promovidas, na irregularidade.
“Essa comissão vai servir exatamente para a gente conseguir coibir esses pancadões irregulares que acabam tirando o sossego do trabalhador na cidade de São Paulo”, pontuou Ito.
*Com informações do Estadão