Coluna: Guilherme Amado, do PlatôBR

Carioca, Amado passou por várias publicações, como Correio Braziliense, O Globo, Veja, Época, Extra e Metrópoles. Em 2022, ele publicou o livro “Sem máscara — o governo Bolsonaro e a aposta pelo caos” (Companhia das Letras).

CPI do Crime Organizado começa depois do Carnaval

Proposta pelo senador Alessandro Vieira, do MDB de Sergipe, CPI tem apoio de Davi Alcolumbre

Pedro França/Agência Senado
Senador Alessandro Vieira (MDB-SE) Foto: Pedro França/Agência Senado

O senador Alessandro Vieira, do MDB de Sergipe, recebeu o aval do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para a instalação da CPI do Crime Organizado. A previsão é que os trabalhos comecem logo depois do Carnaval.

O primeiro passo será ouvir especialistas das forças de segurança e da Justiça, como o procurador da República Lincoln Gaykia, que investiga o PCC em São Paulo, e o delegado da Polícia Federal Elvis Secco.

Vieira falou à coluna sobre a infiltração do crime organizado nas polícias, fenômeno que tem sido observado, sobretudo, em São Paulo, nas últimas semanas.

Para ele, a situação se agrava em estados onde os policiais recebem salários baixos, como Rio de Janeiro e São Paulo.

“Existe uma tolerância na naturalização da convivência com o crime”, analisou, ao relatar episódios que evidenciam rendimentos incompatíveis com o estilo de vida de alguns policiais.

O senador apontou também como o crime organizado tem migrado para os crimes digitais, que são de difícil resolução e oferecem pouco risco físico aos criminosos.

“No crime digital, só 5% dos bandidos são presos.”

Outra linha de investigação será a infiltração de criminosos em licitações do serviço público, caracterizando a chamada corrupção estruturada.

O senador também está atento ao avanço do crime organizado sobre usinas de álcool e açúcar e no setor de combustíveis.

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