A CPI da Covid no Senado ouve nesta quinta-feira (19) Francisco Maximiano, dono da empresa Precisa Medicamentos, representante no Brasil do laboratório indiano Bharat Biotech, responsável pelas vacinas Covaxin contra a Covid-19, que estavam sendo negociadas pelo Ministério da Saúde.

A comissão tenta fechar a apuração sobre a participação de intermediárias na venda de imunizantes e avalia que a oitiva do empresário ajudará nesta linha de investigação.

O contrato de compra de 400 milhões de doses da Covaxin foi cancelado em julho, depois que a comissão denunciou suspeitas de irregularidades, apontadas pelos irmãos Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, e Luis Miranda (DEM-DF), deputado federal, que foram ouvidos na comissão e revelaram que apresentaram ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) um possível esquema de corrupção envolvendo contratos desta negociação.

À época, Bolsonaro chegou a dizer para os irmãos Miranda que o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), estaria envolvido no esquema.

A Controladoria-Geral da União (CGU) recomendou que a compra da Covaxin fosse suspensa após verificar que dois documentos apresentados pela Precisa ao Ministério da Saúde foram falsificados.

A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Rosa Weber autorizou que Maximiano não responda a perguntas que possam incriminá-lo, mas em caso de questionamentos que não o incriminem ele está obrigado a responder.

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