A CPI da Covid no Senado ouve nesta quinta-feira (11), o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), citado na comissão pelo parlamentar Luis Miranda (DEM-DF), que teria ouvido seu nome em uma conversa com Jair Bolsonaro (sem partido), quando foi avisar ao presidente sobre as irregularidades na negociação do Ministério da Saúde na compra de doses da vacina Covaxin.

De acordo com Miranda, ao avisar Bolsonaro sobre um possível caso de corrupção na negociação das vacinas, o presidente teria dito que “isso era coisa” de Ricardo Barros, e que acionaria a Polícia Federal, que apura se o presidente cometeu crime de prevaricação por, supostamente, não ter pedido investigação sobre a denúncia.

Há mais de 20 anos na Câmara, Barros é conhecido por estar sempre alinhado à situação, tendo integrado a base aliada dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, Luis Inácio Lula da Silva e Michel Temer, antes de se tornar apoiador de Jair Bolsonaro. Barros também foi ministro da Saúde durante a gestão de Temer.

No último dia 3, a CPI aprovou a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do deputado. Inicialmente, seu depoimento estava marcado para 8 de julho, mas foi adiado para o dia 20 do mesmo mês e, posteriormente, para esta quinta.

Segundo a cúpula da CPI, as mudanças se deram pela necessidade de recolher mais informações para embasar as perguntas a serem direcionadas ao parlamentar no interrogatório.

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