A CPI da Covid abriu a reunião em que ouvirá nesta terça-feira a advogada Bruna Morato, representante de médicos que trabalharam na Prevent Senior e elaboraram um dossiê entregue à comissão com denúncias sobre a atuação da operadora de saúde durante a pandemia. O documento aponta para uma suposta ocultação de mortes em estudo sobre a eficácia da hidroxicloroquina contra a covid-19 e utilização do remédio sem anuência de pacientes.

Assinado por 15 ex-médicos da Prevent Senior, o dossiê indica que pacientes foram medicados sem saber com o chamado “kit covid” – composto por medicamentos comprovadamente sem eficácia contra a doença. Eles acrescentaram que a operadora de saúde ocultou sete mortos em estudo sobre a utilidade da hidroxicloroquina, além de pressões para que profissionais não utilizassem máscaras.

Em entrevista ao Estadão, a equipe jurídica da companhia alegou que as informações que abasteceram as denúncias foram baseadas em documentos e mensagens internos editados e fora de contexto. A empresa diz ter reunido registros de acesso indevido a seus sistemas e mensagens que mostrariam diretrizes diferentes das que vieram a público. Os advogados, porém, não apresentaram os documentos que dizem provar a versão.


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