A cúpula da CPI decidiu nesta terça-feira (19) amenizar o relatório contra Bolsonaro e retirar do documento o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro pela prática de crime de genocídio de indígenas e homicídio qualificado. O documento será lido na sessão da comissão marcada para esta quarta-feira (20).

A decisão foi tomada durante um jantar na casa do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), marcado com objetivo de contornar a crise criada após o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), ter vazado a minuta do documento para a imprensa antes de mostrá-la aos colegas.

Não havia consenso entre o G-7 para indiciar Bolsonaro por esses crimes. Na versão original do relatório, Renan sugere que o mandatário responda por 11 crimes. Depois do jantar, cai para 9.

As informações foram confirmada pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), que deixou o evento mais cedo para participar de outro compromisso. Na saída, disse também que a comissão decidiu retirar o indiciamento do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) pelo crime de advocacia administrativa. O filho 01 do mandatário, porém, vai responder por outros crimes, segundo a versão do relatório que será lida nesta quarta-feira.