A CPFL Energia tem interesse na distribuidora Celg-D, disse o presidente da companhia, Wilson Ferreira Jr. “É natural que companhias como a Celg, que têm um processo público colocado, sejam, sem dúvida nenhuma, do nosso interesse, porque o negócio de distribuição é essencialmente um negócio de escala”, disse o executivo, lembrando que o grupo é líder no segmento de distribuição no País, com oito distribuidoras e 13% do mercado brasileiro. “Ela é atrativa”, acrescentou. Questionado sobre qual seriam seus principais pontos positivos, Ferreira Jr. destacou a localização geográfica da distribuidora, considerada por ele como próxima das áreas de atuação da CPFL, o tamanho considerável da operação, com cerca de 2,5 milhões de consumidores, e os indicadores de produtividade da Celg-D, piores que os das distribuidoras do grupo. “Temos o que agregar de valor de produtividade, qualidade de serviço, etc.”, afirmou. O executivo ressaltou também que, incorporando a empresa, aumenta o tamanho da operação de distribuição do grupo, o que proporciona ganhos de produtividade. “Quanto maior você for, vai conseguir operar dentro dos padrões que a Aneel requer”, disse, salientando que a cada quatro anos, por ocasião das revisões tarifárias, a Aneel aumenta as exigências de qualidade de serviço e eficiência. Anteriormente, durante teleconferência sobre os resultados de 2015, o presidente da CPFL, quando questionado sobre a Celg-D, havia dito que a distribuidora tinha um preço atribuído elevado, com múltiplo implícito quase 30% maior que o de ativos da CPFL, embora tenha um desempenho operacional inferior. Ainda sobre investimentos em expansão, mas no que diz respeito a novos projetos, Ferreira Jr. afirmou que a companhia ainda não decidiu se participará do próximo leilão de transmissão, marcado para 13 de abril. “Mas já participamos duas vezes, é uma atividade em que a companhia está se especializando”, disse. O executivo não se mostrou muito otimista com a conquista de novos contratos no leilão de energia nova A-5, previsto para o fim do mês. Segundo ele, neste certame, a demanda será baixa e deve ser absorvida pelos empreendimentos já prontos ou em vias de ficar prontos, “que tendem a ser mais competitivos”, disse, em referência a Belo Monte.