A um mês do fim do período de cessão de uso do Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, segue indefinido se o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) continuará administrando o principal legado dos Jogos do Rio-2016 para a infraestrutura dos esportes adaptados no País a partir de junho.

“Nossa permissão de uso vai até 24 de maio, a gente tem conversado bastante com o governo do Estado e acredita que deve chegar a um bom termo, de modo que o CPB possa fazer gestão integral por um período mais longo”, afirma Mizael Conrado, sucessor de Andrew Parsons no comando da entidade.

Apesar da incerteza, o dirigente adota um discurso otimista. “Estamos em negociação, aguardando o modelo que o Estado vai definir como definitivo. A ideia é que a gente possa ter condições de planejar pelo menos dois ciclos considerando a utilização do Centro de Treinamento.”

O impasse entre o Comitê Paralímpico Brasileiro e o governo paulista veio a público na inauguração do espaço, em 24 de maio de 2016. As primeiras tratativas indicavam que o CT ficaria sob responsabilidade da entidade, mas o decreto publicado no Diário Oficial naquele dia não deixava claro se o CPB poderá executar a tarefa. Com o prazo de um ano chegando ao fim, aguarda-se o desfecho da situação.

O Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro conta com espaços para treinamentos, competições e intercâmbios de atletas e seleções. De sexta-feira ao último domingo, o local recebeu 316 atletas de oito países para o Open Internacional Loterias Caixa de Atletismo e Natação durante três dias de competição.