A cozinheira Maria do Socorro Teodoro da Conceição, de 43 anos, morreu nesta terça-feira (18), vítima da explosão de um botijão de gás em Belém, no Pará.

Maria ficou internada durante 10 dias, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. No dia do acidente, após sair andando depois da explosão, ela foi internada em estado grave no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, com 77% do corpo queimado.

Nellyane Ferro, coordenadora de enfermagem do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), disse ao UOL que o caso da cozinheira foi raro. “Nesses casos de explosão em local fechado, o risco de morte é muito alto. Em um primeiro momento pelas queimaduras internas, nas vias aéreas, assim como na superfície corpórea, dependendo da extensão da área atingida”, explicou.

A profissional de saúde ainda relatou que geralmente o paciente desmaia ou pela inalação de fumaça ou porque foi atingido por destroços, ou ainda pelo emocional. Porém, Maria conseguiu sair da casa para pedir socorro. “Infelizmente, a gravidade vem com o passar dos dias, evolui de acordo com a lesão e mecanismo do trauma, por ser em um local fechado”, contou.

Por conta da gravidade dos ferimentos, a cozinheira rapidamente foi intubada e levada para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), onde ficou desde que deu entrada na unidade de saúde. “O primeiro procedimento ao chegar ao hospital foi a intubação. Ela teve muitos edemas nas vias respiratórias e perdeu a primeira camada de proteção da pele”, revelou Nellyane.

A explosão que vitimou Maria aconteceu em um espaço onde funciona a cozinha e uma sala de descanso do sindicato das vans do Pará. A residência foi destruída e isolada pelos órgãos de segurança.