A variedade e os rituais da culinária italiana foram incorporados nesta quarta-feira (10) à lista do patrimônio cultural imaterial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a primeira vez que a instituição reconhece a gastronomia de um país em sua totalidade.
O reconhecimento “honra quem somos e a nossa identidade”, declarou a primeira-ministra Giorgia Meloni, cujo governo de extrema direita tem defendido os produtos “Made in Italy” como parte de sua agenda nacionalista.
“Porque para nós, os italianos, a culinária não é apenas comida ou uma série de receitas. É muito mais: é cultura, tradição, trabalho, riqueza”, afirmou em um comunicado.
A Itália é conhecida no mundo todo por sua gastronomia, em particular pela massa, pela pizza e pelo sorvete, mas também por uma ampla gama de especialidades regionais elaboradas com ingredientes simples e locais.
A elaboração da pizza em Nápoles já figura na lista do patrimônio imaterial da organização cultural da ONU, assim como o café expresso, mas a inclusão deste ano tem um alcance mais amplo.
O reconhecimento da Itália é diferente do que aconteceu com sua rival culinária, a França, que em 2010 obteve o reconhecimento da Unesco para a “refeição gastronômica dos franceses”, uma prática social que inclui quatro pratos.
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