Covid: Itália estuda tabelar preços de máscaras PFF2

ROMA, 29 DEZ (ANSA) – O subsecretário do Ministério da Saúde, Andrea Costa, disse nesta quarta-feira (29) que existe a possibilidade do governo tabelar os preços das máscaras PFF2, usadas para proteger contra o novo coronavírus Sars-CoV-2, em toda a Itália.   

Em entrevista à emissora italiana La7, Costa foi questionado se “haverá um preço tabelado para a FFP2, visto que uma maior utilização é necessária por parte de uma escala mais ampla da população para a realização de atividades de maior risco”.   

“Acho que sim”, respondeu o subsecretário do Ministério da Saúde, acrescentado que está “convencido de que a estrutura de comissários” liderada pelo comissário extraordinário para a pandemia, Francesco Figliuolo, será mais uma vez encarregada de implementar a medida, assim como foi feito sobre os testes anti-Covid.   

Costa enfatizou que “é correto dar uma resposta deste tipo” e, por isso, o governo chegará “a um preço tabelado para as máscaras”.   

No entanto, para o ex-ministro de Assuntos Regionais Francesco Boccia, deputado do Partido Democrático (PD), a decisão mais correta teria sido tabelar os preços antes de impor a obrigatoriedade do uso da máscara FFP2 “Agora os preços estão insuportavelmente altos. Não adianta perder tempo em reuniões para recuperar da primeira à última palavra a medida feita pelo ex-comissário [Domenico] Arcuri sobre as máscaras cirúrgicas há mais de um ano e fazer a mesma coisa”, criticou Boccia.   

Segundo o ex-ministro, “esperar enquanto as pessoas fazem fila na frente de farmácias e supermercados para pagar a FFP2 até três vezes o preço normal de mercado não é tolerável”.   

Com o avanço da nova onda da Covid-19 e o temor sobre a velocidade de transmissão da variante Ômicron, o governo italiano reimpôs uma série de regras sanitárias, incluindo a obrigatoriedade do uso de máscaras ao ar livre.   

No novo decreto é determinado que as máscaras deverão ser obrigatoriamente do tipo PFF2 para a entrada em locais fechados – lojas, museus, estabelecimentos públicos, cinemas, teatros, eventos esportivos, estádios, entre outros – e também no transporte público. (ANSA)