SÃO PAULO, 01 JUN (ANSA) – Com mais de 500 mil casos do novo coronavírus, o Brasil já tem dois estados com taxas de incidência do Sars-CoV-2 superiores às de todas as regiões da Itália, incluindo a Lombardia, epicentro da pandemia no país.   

De acordo com os dados divulgados neste domingo (31) pelo Ministério da Saúde, Amapá e Amazonas têm, respectivamente, 11.353 e 9.984 casos para cada 1 milhão de habitantes, sem levar em conta a subnotificação.   

Na Itália, de acordo com a Defesa Civil, a região com maior incidência do novo coronavírus é o Vale de Aosta, a menos populosa do país, com 9.422 casos para cada 1 milhão de habitantes. A Lombardia, que lidera em número absoluto de contágios (88.968), aparece na segunda posição, com 8.843/1 milhão de hab.   

Polo financeiro e industrial da Itália, a Lombardia enfrentou colapso de hospitais e filas de corpos em cemitérios e crematórios durante o auge da pandemia, entre março e abril, e vem registrando cerca de 200 novos casos por dia, após dois meses e meio de lockdown.   

Considerando o país inteiro, a Itália tem 3.861 casos para cada 1 milhão de habitantes, enquanto o Brasil tem 2.450/1 milhão de hab.   

Nos últimos 10 dias, no entanto, o Brasil somou 204.762 contágios (974/1milhão de hab.), enquanto a Itália teve 5.013 (83/1 milhão de hab.) Mortes – O Amazonas é o estado brasileiro com maior número de mortes em relação ao tamanho da população, com 495 óbitos para cada 1 milhão de habitantes, desconsiderando a subnotificação.   

O índice ainda está longe daquele apresentado pela Lombardia, com 1.601/1 milhão de habitantes – a região é líder em mortes na Itália tanto em termos relativos quanto em números absolutos (16.112).   

Nos últimos 10 dias, no entanto, o Brasil registrou 9.267 óbitos (44/1 milhão de hab.), contra 929 da Itália (15/1 milhão de hab.). (ANSA)