O novo coronavírus pode permanecer suspenso no ar em espaços abertos e no interior de imóveis por um tempo ainda não estabelecido. As evidências foram divulgadas nesta segunda-feira (27) em um estudo científico na revista Nature.

A descoberta foi feita por cientistas chineses, os quais ainda não conseguiram mensurar a capacidade do vírus suspenso no ar de infectar as pessoas. A amostra da pesquisa é pequena, mas demonstra também a necessidade das medidas de isolamento social. A equipe responsável pela pesquisa da Universidade de Wuhan, na China, coletou 40 amostras de 31 lugares.

Foram encontradas amostras do coronavírus tanto dentro como fora de hospitais com pacientes de Covid-19. Entre os identificados está o de campanha de Wuhan, na China. No interior das unidades estudadas o vírus estava em maior quantidade nas enfermarias, com concentração superior nas salas em que os profissionais de saúde tiravam os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

Além das unidades de saúde, os cientistas também detectaram a presença do vírus em imóveis e ruas próximas de hospitais, principalmente em locais de maior circulação de pessoas.

Entretanto, a potencialidade do contágio do vírus suspenso no ar ainda carece de mais comprovações. A próxima etapa do estudo será determinar a capacidade de infecção do coronavírus em aerossol e qual o período de permanência nestes moldes.