O presidente Jair Bolsonaro foi denunciado neste domingo (26) por crimes contra a humanidade e genocídio no Tribunal Penal Internacional, com sede em Haia.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, a Rede Sindical Brasileira Unisaúde, formada por entidades de saúde e que representa mais de um milhão de trabalhadores do setor, acusa o presidente de “falhas graves e mortais” na condução da resposta à pandemia de Covid-19.
Para as entidades, o presidente nunca atendeu as recomendações técnicas de seu próprio Ministério da Saúde para evitar o avanço da pandemia. O documento também ressalta que Bolsonaro várias vezes provocou aglomerações e apareceu sem máscara, além de minimizar a gravidade da Covid-19.
“Essa atitude de menosprezo, descaso, negacionismo, trouxe consequências desastrosas, com consequente crescimento da disseminação, total estrangulamento dos serviços de saúde, que se viu sem as mínimas condições de prestar assistência às populações, advindo disso, mortes sem mais controles”, diz o documento.
O documento foi assinado por mais de 60 entidades e sindicatos. No pedido, as entidades citam a declaração do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, que associou diretamente “genocídio” à pandemia no Brasil durante uma live da ISTOÉ.
“Isso é péssimo para a imagem das Forças Armadas. É preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a esse genocídio, não é razoável. É preciso pôr fim a isso”, afirmou o magistrado na ocasião.