Bruno Covas (PSDB) tomou posse nesta sexta-feira (1º) de seu mandado como prefeito de São Paulo na Câmara Municipal. Em seu discurso, ele exaltou valores da democracia. As informações são da Folha.
“Política não é terreno para intolerantes e nem para lacradores de redes sociais”, disse o prefeito em seu discurso. Covas defendeu reformas e disse que é preciso ter “nem o estado máximo, nem o estado mínimo, tão somente o estado necessário”.
No evento em que o vice-prefeito, Ricardo Nunes (MDB) e os vereadores eleitos também tomaram posse no Palácio Anchieta, sede da Câmara Municipal da capital paulista, Covas também fez duras críticas ao negacionismo em meio à pandemia de Covid-19.
Ele disse que “o vírus do ódio e da intolerância precisa ser varrido da sociedade, que “não há tempo para personalismo e arrogância” e que é preciso “mais lucidez e senso de responsabilidade coletiva”.
Covas, que faz tratamento de câncer no trato digestivo, também afirmou que sua doença permitiu que ele se reencontrasse consigo mesmo, e que o obrigou a selecionar o que realmente importa e que faz valer a pena. “Tenho saúde e força necessária para seguir ao lado da população. Hoje, posso dizer que me tornei um político melhor”, disse o prefeito.
Devido às medidas de distanciamento impostas pela pandemia de covid-19, o governador João Doria (PSDB), assim como outras autoridades, acompanhou a posse remotamente, pela internet. Os vereadores também foram incentivados a participar do evento virtualmente, mas quase 40 dos 55 estiveram presentes na Câmara.
A sessão foi presidida pelo vereador Eduardo Suplicy (PT), escolhido por ser o parlamentar mais velho da Casa. Ele fez um apelo para a criação da renda básica e presentou Covas e Ricardo Nunes com dois exemplares do livro “Vamos Sonhar Juntos: O Caminho para um Futuro Melhor”, de autoria do Papa Francisco, que defende a medida que é a grande bandeira da carreira política de Suplicy.