Considerada por muitos torcedores uma competição com pouca importância, a Copa Sul-Americana, que tem seu início nesta semana para os clubes brasileiros, passou a ser vista com outros olhos nos últimos anos. Para dirigentes que comandam clubes que normalmente têm dificuldades financeiras, o torneio tornou-se bastante interessante. O campeão, além de benefícios dentro de campo, ainda pode arrecadar em torno de R$ 15,4 milhões ou até mais.

O simples fato de entrar em campo nesta primeira fase já garantirá aos clubes US$ 250 mil (R$ 782 mil). Na segunda fase, o valor sobe para US$ 300 mil (R$ 939 mil). As oitavas de final pagarão US$ 375 mil (R$ 1,17 milhão); as quartas, US$ 450 mil (R$ 1,40 milhão); e as semifinais, US$ 550 mil (R$ 1,72 milhão). O vice-campeão ficará com US$ 1 milhão (R$ 3,13 milhões) e o campeão terá como prêmio US$ 2 milhões (R$ 6,26 milhões).

Além da premiação paga pela Conmebol, os dirigentes brasileiros também esperam por uma boa bilheteria nas partidas. O Corinthians, por exemplo, vendeu 20 mil ingressos até a noite desta terça-feira e a expectativa é que o público contra a Universidad de Chile, nesta quarta, chegue perto de 25 mil. O preço das entradas variam de R$ 68 a R$ 178.

São seis os clubes brasileiros participantes nesta fase inicial. Além do Corinthians, entrarão em campo nesta quarta-feira a Ponte Preta, que enfrenta o Gimnasia y Esgrima; o São Paulo, diante do Defensa y Justicia, na Argentina; e o Fluminense, que recebe o Liverpool uruguaio. Na quinta será a vez do Sport, que enfrenta o Danúbio, do Uruguai. O Cruzeiro jogou nesta terça contra o Nacional, do Paraguai.

“A Sul-Americana é um campeonato que chama bastante a atenção, pois mexe com todo o continente. Não tem o mesmo peso da Libertadores, claro, mas a gente sempre buscar algo maior nessas competições”, defendeu o técnico do Corinthians, Fábio Carille.

Além das boas cifras, o torneio ainda dá ao campeão vaga para entrar diretamente na fase de grupos da Copa Libertadores do ano que vem, algo que aconteceu este ano com a Chapecoense, que ficou com o título de 2016, após a tragédia aérea que causou a morte do elenco, em novembro passado. O campeão ainda disputará a Recopa Sul-Americana e a Copa Suruga.

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Para alguns cartolas e membros de comissão técnica, a competição é vista com interesse também pelo fato de ser um torneio tecnicamente mais fraco que a Libertadores e no qual se faz um número menor de jogos. Na Libertadores, um time precisa fazer (dependendo da fase) 14, 16 ou até 18 partidas. Já na Sul-Americana, chega, no máximo, a disputar 12 jogos.

DIFERENÇA – Financeiramente, a diferença entre Sul-Americana e Libertadores não é tão grande, mas deve aumentar consideravelmente a partir de 2019, quando haverá a renegociação dos direitos de transmissão. Neste ano, o campeão do principal torneio da América vai faturar US$ 7,75 milhões (R$ 24, 2 milhões) se não tiver disputado a fase prévia. Mas se tiver passado pelas etapas preliminares, o prêmio total será de US$ 8,15 milhões (R$ 25,4 milhões).


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