Uma corte de apelações dos Estados Unidos ratificou nesta quarta-feira (8) uma decisão judicial que proíbe a caça do urso-cinzento na região onde fica o famoso parque de Yellowstone, o que constitui uma vitória para ambientalistas e tribos indígenas.

A decisão do tribunal com sede em San Francisco afiança a derrota do governo de Donald Trump, que suspendeu a restrição de caça nos estados de Wyoming e Idaho (noroeste).

“O tribunal rejeitou acertadamente a proposta equivocada de submeter os ursos-cinzentos de Yellowstone à caça de troféus pela primeira vez em 40 anos”, disse o advogado da Earthjustice Tim Preso em uma declaração.

“O urso pardo é um dos poucos que nos resta em uma natureza que está diminuindo e nossa vida selvagem está sendo atacada”.

O Serviço de Pesca e Fauna Silvestre determinou em 2017 que o urso-cinzento não era uma espécie ameaçada, abrindo o caminho para a caça nos limites do parque mais antigo do país, Yellowstone.

A medida foi levada à justiça pela tribo Cheyenne e organizações ambientalistas, sob o argumento de que a sobrevivência da espécie ainda era precária.

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Um juiz de uma instância inferior instaurou a proibição de retorno, que agora foi ratificada pela Corte de Apelações do Nono Distrito, ao considerar que a agência federal não avaliou adequadamente o impacto da futura caça aos ursos e determinando que o assunto seja reavaliado.

A tribo dos Crow, dos Sioux de Standing Rock e a Nação Piikani foram alguns dos demandantes.

Os ursos-cinzentos voltaram a florescer de novo nas terras selvagens do oeste, embora apenas 1.500 sobrevivam hoje em dia nos 48 estados contíguos do país. Ao redor da metade está na região de Yellowstone, onde o número mais que quadruplicou desde que foi introduzida a proibição.


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